
Em 26 de março de 2025, a BBC Korea exibiu uma entrevista reveladora com a NewJeans e sua agência de gestão, ADOR. Esta entrevista focou em uma disputa legal acalorada e na questão preocupante de mensagens de texto vazadas sobre o grupo feminino de K-pop. O pano de fundo desta discussão foi uma decisão judicial recente que negou a petição da NewJeans para se separar da ADOR, afirmando assim o controle da agência sobre o grupo.
Um ponto central de discórdia girou em torno da autenticidade das mensagens do KakaoTalk que foram usadas como evidência no tribunal. Essas mensagens, apresentadas pela equipe jurídica da ADOR, foram supostamente elaboradas por Min Hee-jin, o antigo CEO da ADOR, para tramar uma separação da NewJeans da agência, juntamente com planos para criar uma entidade concorrente.
Durante a audiência judicial em 7 de março de 2025, os representantes da ADOR citaram essas conversas para reforçar seu caso. No entanto, a entrevista da BBC buscou esclarecimentos sobre se as mensagens foram verificadas com Hanni, um dos membros da NewJeans. A ADOR respondeu com o seguinte:
“As mensagens de texto capturadas não foram obtidas separadamente pela Adore, mas foram apresentadas como prova ao tribunal de liminar pelos membros do New Jeans, então não duvidamos de sua confiabilidade”, afirmou a agência (traduzido).
A luta jurídica da NewJeans
A disputa legal em andamento entre a ADOR e a NewJeans (também conhecida como NJZ) aumentou, com o tribunal investigando alegações de manipulação contratual atribuídas ao ex-CEO, Min Hee-jin. A questão central gira em torno das mensagens do KakaoTalk citadas durante o julgamento da liminar. A ADOR argumentou que as propriedades de arquivo dessas mensagens sugeriam que elas foram preparadas pelo Sejong Law Firm, que anteriormente representava Min, lançando dúvidas sobre sua legitimidade.
Em contraste, a equipe jurídica da NewJeans alegou que o conflito real se originou da má gestão da ADOR e das influências mais amplas de sua empresa controladora, a HYBE. Eles afirmaram que Min Hee-jin desempenhou um papel essencial no estabelecimento e no desenvolvimento da NewJeans, mas foi removida sem discussão adequada com o grupo. Além disso, eles acusaram a ADOR de negligenciar as necessidades do grupo enquanto planejava secretamente substituí-los por outro ato.
Em sua entrevista detalhada com a BBC Korea, as integrantes Minji, Hanni, Danielle, Haerin e Hyein se abriram sobre a turbulência que temporariamente paralisou suas carreiras. A liminar do tribunal as impediu de buscar atividades independentes sob seu novo nome, NJZ.
Apesar dos preparativos para promover sua última faixa, “Pit Stop”, que reflete seus desafios passados, os membros anunciaram uma pausa em suas atividades após a decisão do tribunal. Eles transmitiram que sua decisão de falar foi motivada pela necessidade de garantir seus futuros.
“Quando ouvi a notícia da citação do tribunal, eu estava me preparando para o ensaio e por um momento fiquei realmente atordoada. No começo, fiquei muito chocada, mas agora estou aceitando. Na verdade, desde o momento em que tomei a decisão, eu sabia que esse caminho não seria fácil e que haveria muitas dificuldades inesperadas ao longo do caminho”, compartilhou Minji.
Danielle ecoou esses sentimentos, expressando sua desilusão com a agência e compartilhando seu sentimento de traição devido à falta de apoio da ADOR durante o conflito em andamento.
“[Nós] não começamos essa briga para obter simpatia, só queríamos fazer o que amamos, [mas] mentiras e mal-entendidos estão constantemente atrapalhando”, ela explicou.
Além disso, Hanni criticou a ADOR por divulgar seletivamente informações que deturpavam os fatos. Esse conflito tem raízes que remontam a novembro de 2024, quando a NewJeans anunciou oficialmente sua intenção de rescindir seus contratos exclusivos devido a alegações de bullying no local de trabalho e quebra de confiança. A ADOR, por sua vez, refutou essas alegações e buscou recursos legais para manter a validade dos contratos.
Apesar das garantias de apoio da ADOR às próximas atividades da NewJeans após a decisão judicial, os membros expressaram suas apreensões sobre o reengajamento com a agência.
“Fiquei realmente chocada. Pensei que isso fosse uma repetição do comportamento de que ele viria até nós novamente sem nos consultar, mesmo que tivéssemos dito a ele o quão difícil era e que não poderíamos trabalhar juntos. Passei por muita dor mental, então é cruel ter que voltar para aquela empresa e lidar com tudo de novo”, Minji compartilhou.
À luz de alegações sugerindo que eles foram influenciados por influências externas, os membros afirmaram que sua decisão de buscar a independência foi tomada após discussão interna significativa. Hanni rebateu suposições sobre sua juventude e capacidade de tomar decisões sérias:
“Acho que as pessoas pensam facilmente: ‘Eles ainda são jovens, não conseguem tomar decisões por conta própria.’ Mas só porque somos jovens não significa que levamos as coisas menos a sério ou nos preocupamos menos. Foi uma decisão que foi possível porque todos nós cinco tivemos a mesma opinião após discussão suficiente com os membros.”
O escrutínio constante da mídia, juntamente com a tensão emocional da batalha legal, impactou significativamente as integrantes. Hyein comparou suas experiências a viver em um documentário, com incertezas diárias sobre o que o futuro pode reservar. Danielle acrescentou que reprimir suas emoções para se concentrar na performance apenas agravou as dificuldades, afirmando que a experiência lhe ensinou a importância da autorreflexão e aprofundou sua conexão consigo mesma e com seus fãs.
Reconhecendo suas dificuldades coletivas, Hanni transmitiu seus medos de que o conflito colocasse suas carreiras em risco, mas ela encontrou conforto na união e no apoio de seus membros e familiares. Por fim, ao discutir sua jornada, os membros enfatizaram que sua situação transcende meros contratos; ela representa suas experiências e o vínculo profundo que eles compartilham.
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