
IFPI pede proteção da música e da arte na era da IA
Na quarta-feira, a Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI) pediu aos formuladores de políticas que priorizassem a proteção da música e da arte. A CEO Victoria Oakley enfatizou a necessidade de alavancar a inteligência artificial (IA) para aprimorar a criatividade humana em vez de substituí-la.“Devemos aproveitar o potencial da IA para apoiar e amplificar a criatividade humana, não para substituí-la”, ela declarou.
Preocupações com IA e direitos autorais na indústria musical
Durante o evento de lançamento do Global Music Report, Oakley elaborou sobre as implicações da IA para a indústria musical. Enquanto as gravadoras reconhecem a capacidade da IA de promover oportunidades criativas e melhorar o engajamento dos fãs, ela alertou contra o uso não autorizado de música protegida por direitos autorais para treinar modelos de IA generativos, rotulando-a como uma ameaça significativa à arte.
Relatório Global de Música Destaca o Crescimento da Indústria
O evento, realizado em Londres, revelou que a receita comercial total para a indústria musical cresceu 4, 8%, atingindo US$ 29, 6 bilhões em 2024, marcando o décimo ano consecutivo de crescimento. Esse aumento foi impulsionado principalmente por um aumento notável de 9, 5% na receita de streaming por assinatura, mesmo em meio a um mercado competitivo.
O papel da IA generativa: oportunidades e desafios
Em seu discurso, Oakley reconheceu a natureza de dois gumes da IA generativa.“Na melhor das hipóteses, a IA generativa pode ser uma ferramenta realmente poderosa para artistas e consumidores”, ela observou, destacando as parcerias existentes na indústria formadas sob as condições certas. No entanto, ela permaneceu cautelosa sobre seu potencial de exacerbar a pirataria no setor musical. Oakley reafirmou a importância de implementar regulamentações de direitos autorais que promoveram com sucesso a inovação no passado, garantindo que sejam aplicadas consistentemente no cenário de IA em evolução.
A necessidade de uma estrutura de IA
Oakley concluiu com um apelo à ação, enfatizando que a indústria musical e os formuladores de políticas devem colaborar para estabelecer uma estrutura eficaz para a IA, equilibrando os interesses das empresas criativas e tecnológicas.
Insights de líderes da indústria
Executivos de todo o setor participaram de um painel de discussão focado nos benefícios e riscos associados à IA. Cassandra Strauss, Diretora Sênior de Tecnologia Estratégica e Tecnologia Digital Global da Universal Music Group (UMG), compartilhou insights sobre os esforços da empresa para integrar a IA em estratégias de marketing e seu recente lançamento da Responsible AI Initiative.“Estamos encontrando parcerias inovadoras com o setor privado no espaço da IA”, ela explicou, enfatizando particularmente as colaborações com plataformas como YouTube e SoundLabs para aprimorar a experiência do artista.
No entanto, a UMG deixou claro que não se envolverá com empresas de IA generativa que utilizem grandes quantidades de material protegido por direitos autorais sem o licenciamento adequado, denunciando a prática como exploradora. Em vez disso, a empresa visa criar modelos de negócios que beneficiem tanto artistas quanto desenvolvedores de tecnologia.
Na mesma linha, Dennis Kooker, Presidente de Negócios Digitais Globais da Sony Music Entertainment, expressou otimismo sobre as perspectivas da IA. Ele destacou que a música, como um produto emocionalmente ressonante apreciado globalmente, é frequentemente um dos primeiros setores impactados pelos avanços tecnológicos. Kooker enfatizou que, “Se feito corretamente, devemos criar uma maneira totalmente nova de ouvir e se envolver com música neste próximo capítulo.”
Apesar do entusiasmo, Kooker alertou que concretizar essa visão exigirá tempo substancial, dedicação e experimentação. Ele concluiu com uma afirmação esperançosa: “A história diz que encontraremos o próximo grande formato. E com isso, eu acho, haverá um futuro muito emocionante.”
Para mais informações sobre este tópico, visite o Hollywood Reporter.
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